The Residents - Freak Show - 1990 - A Review
Following in my reviews of the band Residents for their chaotic and curious discography, we now arrive at FreakShow. I keep rotating the communities to find the one that best suits my method of album reviews (which will not only stick to the Residents and Philip Glass, but to many other artists).
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The band's tenth album! Like everything else it was designed for a multimedia theatrical presentation and probably sounds more complete if absorbed in its full model, but thinking here only about the album what I can say is that it starts with a beautiful track called Everyone comes to the Freak Show, about five minutes long and after a chaotic and almost delirious introduction we enter into a kind of small theme played on flute with the sweet vocals of the ghost member saying "-Everyone comes to the freak show", halfway to the end one of the classic male voices enters and the song tends to the already known pattern of melodic discrepancy and controlled chaos giving an impression of paranoia. The second track which is called Harry's Introduction is very short (twenty eight seconds and it's GREAT), in the sequence we have Harry the Head, probably part of the story I'm not in the know, but it talks about a man whose head is separated from his body, again counting with the great female vocal which stands out in this work.
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Wanda does her act has the funny narrator who opens this paranoid rotating circus type song which has a high probability of causing nausea to the listener to then bring the main act of the so called Wanda in the track Wanda (The Worm Woman), musically quite traditional in instrumental terms and with a poetic rhymed declamation from this narrator/presenter or whatever who talks about the so called Wanda. Around minute two the song goes through a melodic transformation to enter a phase with female backing vocals and finally a synthesizer which seems to simulate the walking of a fat worm (Wanda) and this one repeats ad nauseam: -Watch me! Watch me! Another memorable track is Jello Jack (The Boneless Boy), as you can see by the track names we are in fact living the experience of a freak show in the form of music (but also of comics, as you can see in the prints), the songs for having this standard "circus presentation" don't bring many tracks actually sung, which in my opinion end up diminishing a little the album's potential, although I can't complain in any way about the musicality very well executed and very experimental presented in all tracks, and not to be unfair, the chorus of female voices that form the "backings" of the album are always present to harmonize with the surrealistic singing the male voices that follow in the "spoken word", in the case of Jello Jack we have a female vocal refrain that again refers to something like "Eraserhead" by Lynch in some indirect way.
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Benny Bounces is an intro with a strong German accent for the then official track Benny (The Bouncing Bump) which has the classic voice of the Residents' lead "singer" in a bizarre Benny story, again counterbalanced by female vocals and a melodic crescendo that makes this one of the best tracks on the album. The follow-up Mickey (The Mumbling Midget) brings nothing new to the musical template presented so far. Lillie is a slightly heavier track with a riff as obscure as the vocals presented on it. The parade of surreal voices present in the track gives it a special air, the suspenseful tone that lingers during the female vocals that repeat the name Lillie manages to create a very peculiar melodic atmosphere and converges in an almost chaotic ending of soaring, raspy female vocals blurred by synthesizers and a rhythmic tribal percussion that could drown out any restless soul in a live performance. And then the album ends with "Nobody laughs when they leave" with those discharges of notes from a classic keyboard A Là Residents, the high-pitched, fearful voices repeating the track's title only strengthening the sense of despair amidst pizzicato and surdo tones and a synthetic organ that phrases amidst other synthesizers. But before it's really over we get a last breath of the classic "Voice" in a poetic farewell to the female vocals that did so much for this album.
Rate: 07
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Português
Seguindo em meus reviews da banda Residents por sua discografia caótica e curiosa, chegamos agora no FreakShow. Sigo rotacionando as comunidades para encontrar a que melhor se adeque ao meu método de reviews dos álbuns (que não irão se ater apenas ao Residents e ao Philip Glass, mas a muitos outros artistas).
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O décimo álbum da banda! Tal como todo o resto foi concebido para uma apresentação teatral multimídia e provavelmente soa mais completo se absorvida em seu modelo completo, mas pensando aqui apenas no álbum o que posso dizer é que ele começa com uma bela faixa chamada Everyone comes to the Freak Show, com coisa de cinco minutos e depois de uma introdução caótica e quase delirante entramos numa espécie de pequeno tema tocado em flauta doce com os doces vocais da membro fantasma dizendo “-Everyone comes to the freak show”, da metade para o final entra uma das clássicas vozes masculinas e a música tende para o padrão já conhecido de discrepância melódica e caos controlado dando uma impressão de paranóia. A segunda faixa que é chamada de Harry’s Introduction é curtíssima (vinte e oito segundos e é ÓTIMA), na sequência temos Harry the Head, provavelmente parte da história que não estou por dentro, mas que fala sobre um homem cuja cabeça é separada do corpo, novamente contando com o ótimo vocal feminino que destaca-se nesse trabalho.
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Wanda does her act tem o engraçado narrador que abre essa paranóica música do tipo circo rotativo que tem alta probabilidade de causar náusea ao ouvinte para na sequência trazer o ato principal da tal Wanda na faixa Wanda (The Worm Woman), musicalmente bastante tradicional em termos instrumentais e com uma declamação rimada poética desse narrador/apresentador ou sei lá o que que fala sobre a tal Wanda. Lá pelo minuto dois a música passa por uma transformação melódica para entrar numa fase com backing vocals femininos e por fim um sintetizador que parece simular o andar de uma gorda minhoca ou verme (a tal Wanda) e essa por sua vez repete ad nauseam: -Watch me! Watch me! Outra memorável faixa é a Jello Jack (The Boneless Boy), como podem ver pelos nomes das faixas estamos de fato vivenciando a experiência de um freak show em forma de música (mas também de quadrinhos, como podem ver nos prints), as canções por ter esse padrão “apresentação de circo” não trazem muitas faixas de fato cantadas, o que ao meu ver acabam por diminuir um pouco o potencial do álbum, muito embora não posso reclamar em nada da musicalidade muito bem executada e bastante experimental apresentada em todas as faixas, e para não ser injusto, o coral de vozes femininas que formam os “backings” do álbum estão sempre presentes para harmonizar com a cantoria surrealista as vozes masculinas que seguem no “spoken word”, no caso da Jello Jack temos um refrão vocal feminino que novamente remete a algo meio “Eraserhead” do Lynch de alguma forma indireta.
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Benny Bounces é uma intro de um apresentador com forte puxada de sotaque alemão para a então oficial faixa Benny (The Bouncing Bump) que tem a clássica voz do “cantor” principal do Residents numa bizonha história do tal Benny, novamente contrabalanceada pelos vocais femininos e num crescente melódico que tornam essa uma das melhores faixas do álbum. Na sequência Mickey (The Mumbling Midget) não traz nada de novo no modelo musical apresentado até então. Lillie é uma faixa um pouco mais pesada e com um “riff” tão obscuro quanto os vocais apresentados nela. O desfile de vozes surreais presentes na faixa dão um ar especial a ela, o tom meio de suspense que permanece pairando-a durante os vocais femininos que repetem o nome Lillie consegue criar um ambiente melódico bastante peculiar e converge num fim quase caótico de vocais femininos crescentes e rasgados embargados pelos sintetizadores e uma percussão tribal rítmica que poderiam afobar qualquer alma inquieta numa apresentação ao vivo. E então o álbum acaba com “Nobody laugh when they leave” com essas descargas de notas de um teclado clássico A Là Residents, as vozes agudas e medonhas repetindo o título da faixa apenas fortalecem a sensação de desespero em meio a pizzicatos e toques de surdo além de um órgão sintético que fraseia em meio a outros sintetizadores. Mas antes de acabar de fato temos um último suspiro da clássica “Voz” numa poética despedida juntamente aos vocais femininos que fizeram tanto por esse álbum.
Nota: 07
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